Eletra
tem sistemas de trólebus, ônibus híbridos e elétricos puro
As
tecnologias sustentáveis conquistam cada vez mais espaço. Mesmo para o sistema
de transporte urbano, empresas brasileiras já desenvolveram sistemas já
aplicados na prática e que demonstram a possibilidade de reduzir a emissão de
poluentes na atmosfera.
A
Eletra, uma empresa brasileira especializada nessa tecnologia, produz veículos
para o transporte público de passageiros com tração elétrica nas versões
trólebus (rede aérea); híbrido (grupo motor gerador + baterias); e elétrico puro
(baterias).
Fundada
em 1999, a Eletra criou o primeiro ônibus elétrico híbrido com tecnologia
brasileira. Hoje, a marca está presente em mais de 400 veículos em operação na
grande São Paulo, além de cidades como Rosário, na Argentina, e Wellington, na
Nova Zelândia.
Conheça
as diferenças:
Elétrico
puro (E-bus)
O ônibus
elétrico puro é tracionado por motor elétrico cuja única fonte de energia está
acumulada a bordo, em um banco de baterias. O sistema de tração é o mesmo
aplicado aos trólebus e híbrido, porém não necessita de rede aérea ou grupo
motor-gerador, podendo operar em qualquer viário.
O
E-bus, primeiro veículo 100% movido a baterias produzido no Brasil, tem emissão
zero de gases poluentes e a energia vem de um conjunto de 14 baterias, que
precisa de apenas 4 recargas rápidas (5 minutos) para uma autonomia operacional
de 200 km. O ônibus foi produzido com chassi
Mercedes-Benz, carroceria Induscar/Caio e motor elétrico WEG. O E-bus é um
veículo articulado, dispõe de ar condicionado e capacidade para até 150
passageiros. A tecnologia das baterias e das estações de recarga foi
desenvolvida pela Mitsubishi Heavy Industries. Já o chassi, carroceria e todo o
sistema elétrico de tração são fabricados no Brasil, semelhantes aos trólebus
desenvolvidos pela Eletra. A interface entre os dois sistemas foi desenvolvida
pelas engenharias das duas empresas: Eletra, WEG e Mitsubishi Heavy
Industries.
Trólebus
É
um veículo tracionado por motor elétrico cuja fonte de geração de energia é a
rede aérea de distribuição. Essa tecnologia também tem como grande mérito a
emissão zero de poluentes, já que não utiliza motor a combustão. Assim como os
híbridos e elétricos puro, os trólebus não têm câmbio, a frenagem é elétrica e
toda a operação é controlada eletronicamente. O gerenciamento eletrônico reduz
significativamente o custo da operação, garantindo mais agilidade na manutenção
e maior durabilidade dos componentes.
Para
o usuário do sistema de transporte público, o trólebus oferece bastante conforto
em relação aos ônibus convencionais. A aceleração controlada eletronicamente
evita os trancos constantes; o ruído (interno ou externo) é baixo, reduzido em
até 50%; o condutor do veículo trabalha com muito mais conforto, bem-estar e
tranquilidade.
Uma
das dificuldades do sistema é falta de energia por problemas na subestação ou
quebra de fiação. Para eliminar estas ocorrências, a Eletra desenvolveu um
sistema autônomo com baterias, que permite o deslocamento dos trólebus sem rede
aérea por 7 km. Esta nova tecnologia evita a interrupção do sistema, pois o
deslocamento é suficiente para que o trólebus alcance um novo trecho com
energia.
Híbrido
A
designação de “híbrido” acontece quando o veículo tem duas fontes de energia. No
caso deste ônibus, um grupo motor gerador e um banco de baterias. No HíbridoBR,
da Eletra, assim como nós trólebus e elétricos puro, apenas o motor elétrico
movimenta o veículo, caracterizando a tecnologia “híbrido série”. O motor
elétrico foi desenvolvido pela WEG, que já fabricou mais de 200 unidades com
essa tecnologia para ônibus elétrico. A energia para o motor elétrico vem de um
grupo motor gerador formado por um motor veicular Mercedes-Benz – EURO V –
movido a diesel comum, biodiesel ou mesmo diesel de cana-de-açúcar, e um gerador
também fabricado pela WEG.
Um
banco de baterias tracionárias complementa a energia disponível para o motor
elétrico, quando necessário. Em cada parada para entrada de passageiros ou
semáforos, o grupo motor gerador recarrega as baterias.
O
motor diesel aplicado nesta tecnologia do ônibus elétrico, além de ser menor que
o aplicado a um ônibus diesel similar, opera em rotação constante, o que reduz
muito a emissão de poluentes, pois nas acelerações é o motor elétrico que atua.
O motor diesel permanece em rotação constante (calibrada para o ponto ideal
de baixa emissão e de baixo consumo) ou em marcha lenta. É fácil perceber a
diferença. No híbrido com tecnologia série apenas o motor elétrico traciona o
ônibus.
Além
de reduzir as emissões, a tecnologia desenvolvida pela Eletra permite a
recuperação de energia nas frenagens, conceito conhecido como “frenagem
regenerativa” ou como ficou conhecido na Fórmula 1: “KERS - Kinetic
Energy Recovery System (Sistema de Recuperação de Energia Cinética).
Simplificando: quando o freio é acionado, o motor elétrico vira um gerador e a
energia que seria desperdiçada na frenagem é reaproveitada e armazenada no banco
de baterias.
A
otimização do motor diesel para a aplicação, a eficiência dos motores elétricos,
a tecnologia de baterias, o sistema de frenagem regenerativa e a tecnologia de
tração que gerencia todos os conjuntos permitem que o ônibus elétrico híbrido
reduza a emissão e o consumo de combustível. As emissões locais, como o material
particulado – são reduzidas em até 95% e o consumo de diesel, em operação
comercial está entre 15% e 30%, dependendo da tecnologia de baterias, que podem
ser de chumbo ácido (menor custo e menor eficiência) ou de íon de lítio (maior
custo e melhor eficiência).
Eletra
A
Eletra está no mercado há mais de 30 anos e fabrica veículos elétricos nas
versões trólebus (rede aérea); híbrido (grupo motor gerador + baterias), e
elétrico puro (baterias). Em 1999, a Eletra criou o primeiro ônibus elétrico
híbrido com tecnologia brasileira. Hoje, a marca está presente em 400
ônibus com tração elétrica em operação na Grande São Paulo, além de cidades como
Rosário, na Argentina, e Wellington, na Nova Zelândia. Veja também o site da
empresa: www.eletrabus.com.br.
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