domingo, 23 de agosto de 2015

Coletiva Seletiva é tema de jogo lúdico criado em São Carlos (SP) Game foi desenvolvido como parte do projeto de extensão e difusão científica do Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF) Zelig é um personagem que tem a missão de coletar resíduos e dar o destino certo a cada um. Sua ação depende do comando das crianças que, assim como o Zelig, respeitam o meio ambiente. Foi com o intuito de conscientizar crianças e adolescentes sobre a importância da coleta seletiva que o grupo de desenvolvimento de jogos educacionais Ludo Educativo, projeto de extensão e difusão científica do Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF), lançou neste mês o game Zelig Coleta. A ferramenta pode ser utilizada por professores em sala de aula como instrumento lúdico e atrativo. O jogo é indicado para ser trabalhado como ferramenta pedagógica, pois é possível concluí-lo em menos de 50 minutos, o tempo aproximado de uma aula. Além disso, o game ajuda o professor a introduzir o assunto com seus alunos de maneira lúdica e empolgante, através de um gameplay simples – o personagem é guiado utilizando apenas as setas do teclado. No jogo, saem pelo cano diferentes tipos de resíduos como gravetos, latinhas, material hospitalar e restos de comida. Zelig, o personagem principal, tem a missão de coletar determinados tipos de resíduos. Assim, através do estímulo visual de feedbacks positivos (jogador acerta o item coletado) ou negativos (jogador erra o item coletado), o game mostra quais materiais se encaixam em cada categoria. Ao final do jogo, são apresentadas notas curtas sobre a reciclagem de determinados tipos de resíduos numa área denominada "Saiba mais". A coleta seletiva é um assunto incluso no Currículo Oficial dos estudantes do Estado de São Paulo. A coordenadora pedagógica do Ludo Educativo, Marília Faustino, explica que o tema foi escolhido pensando na conscientização sobre o destino dos resíduos sólidos. “É importante educar o público geral, incluindo a criança, de forma a reduzir o impacto de suas ações no meio ambiente. Ensiná-lo a reduzir, reutilizar, reciclar os diferentes tipos de materiais, e tudo isso engloba o conhecimento dos diferentes tipos de resíduos da coleta seletiva”, disse. Gabriel Lima, coordenador de desenvolvimento do grupo, comenta que a utilização de jogos em sala de aula é uma forma de atrair os estudantes aos conteúdos, mas, além disso, um instrumento de aprendizado que pode aprimorar o método de ensino nas escolas. “Jogos são dispositivos que treinam alguma habilidade em particular, como destreza, pensamento paralelo e tomada de decisões. Associando a diversão dos jogos com o conteúdo didático previsto pelo currículo, o professor passa a ter uma poderosa ferramenta de auxílio, garantindo a atenção dos alunos enquanto estes reforçam o conteúdo visto em sala de aula.” O diretor do CDMF, professor Elson Longo, ressalta a importância de abordar temas relacionados ao meio ambiente desde os primeiros anos da infância. “A coleta de lixo reciclável pode ser um novo negócio. E num futuro breve será a saída para melhorar o meio ambiente. Falta somente uma conscientização coletiva”, disse. Para jogar o Zelig Coleta, acesse o site http://portal.ludoeducativo.com.br/pt/play/zelig-coleta Sobre o Ludo Educativo O Ludo Educativo é um projeto de extensão universitária que surgiu em 2012, conta com cerca de 160 mil acessos mensais e tem jogos gratuitos sobre diversos assuntos que estão presentes no dia a dia de crianças e adolescentes, como a escassez de água, dengue, preservação do meio ambiente e a preparação para o vestibular. A equipe do projeto é formada por designers e programadores da Aptor Software, uma empresa spin-off que surgiu por iniciativa de pesquisadores da UFSCar e Unesp. Conheça mais jogos do grupo no site portal.ludoeducativo.com.br. O CDMF é um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepid) apoiados pela Fapesp. O Centro também recebe investimento do CNPq, a partir do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia dos Materiais em Nanotecnologia (INCTMN), integrando uma rede de pesquisa entre Unesp, UFSCar, USP e Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN).

Cláudia Maria Coleoni, estudante de Gestão Ambiental da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (ESALQ/USP), participará, entre os dias 24 e 28 deste mês, do Youth Ag-Summit, encontro global de jovens, de 18 a 25 anos, em Camberra, na Austrália. O evento é promovido pela segunda vez pela Bayer CropScience, em parceria com a Future Farmers Network (FFN), organização de futuros jovens do agronegócio.

Selecionados entre cerca de dois mil estudantes, 100 jovens de 33 países apresentarão no encontro, dissertações sobre o tema “Alimentando um planeta faminto”. Entre eles, estão apenas dois brasileiros, Cláudia, da ESALQ e Otávio Emerick da Silva, aluno do curso de Agronomia da Universidade Federal de Viçosa (UFV), de Minas Gerais. O objetivo do evento é compartilhar, debater e desenvolver ideias a fim de criar uma visão comum sobre a agricultura sustentável.

A dissertação, que fez com que Cláudia fosse selecionada, abordou a segurança alimentar, focando no desperdício de alimento e na promoção da agricultura urbana. A estudante pretende, com essa abordagem, encontrar alternativas para combater a insegurança alimentar. “Hoje, o número de alimentos desperdiçados no Brasil chega a cerca de 1,3 bilhão de toneladas. Por isso, acredito ser esse um tema bastante pertinente em relação ao cenário atual do país”, ressaltou a aluna.

Na Austrália, a graduanda participará de diversos debates sobre agricultura sustentável e estará em contato com jovens que, assim como ela, estão motivados e envolvidos nas ciências ambientais. “Para mim é uma grande oportunidade participar de uma rede global de agricultura e poder unir esforços com representantes de diversos países, já que o meu objetivo é atuar internacionalmente em gestão política de recursos naturais”, comentou.

Preocupada com o crescente aumento populacional que vem ocorrendo nos centros urbanos e, por consequência, pela quantidade de pessoas que passam fome no país, a dissertação de Cláudia propõe uma primeira solução para reduzir o desperdício de alimentos: reintegrar o consumidor ao produtor de alimentos, com parceria de cooperativas, fornecedores, restaurantes, supermercados, feiras urbanas e instituições. “Acredito que iniciativas educacionais como o plantio em hortas, pesquisas e até utilização de loteamentos abandonados, são uma boa alternativa para iniciar a plantação de uma cultura e disseminar ideias.”

Segundo a estudante, no evento pretende debater formas de implantar suas ideais no Brasil e, por meio de grupos de extensão da ESALQ, pretende fazer da instituição o centro de disseminação de suas ideias. “Terei a oportunidade de elaborar estratégias locais a partir de uma perspectiva global”, finalizou.

Texto: Alessandra Postali e Ana Carolina Brunelli – Estagiárias de Jornalismo



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