quarta-feira, 31 de agosto de 2011

SACOS DE PÃO 100% ECOLÓGICOS, DA PUBLIPAN, SAEM DO FORNO COM PROPAGANDAS DA DEL VALE E NET COMBO


Empresas apostam inicialmente nas cidades de São Paulo e Recife, englobando 180 mil embalagens. Com destaque cada vez maior no mercado, a Publipan, rede de franquias espanhola especializada na propaganda em embalagens ecológicas, conquista duas importantes parcerias nas regiões Sudeste e Nordeste do País. Em São Paulo, alguns bairros da capital, como Mooca, Vila Prudente, Vila Maria e Tremembé, recebem nesta semana os sacos de Pão da Publipan com uma promoção especial da Net Combo.


A campanha de anúncio único foi lançada em parceria com a Net – empresa de serviços de telecomunicações e entretenimento via cabo – e a Puplipan de Santana. Válida até 31 de agosto de 2011, a promoção garantirá a distribuição de 150 mil exemplares de sacos de pão na capital paulista.


Na região Nordeste, a parceria foi realizada entre a franquia Recife Sul, de Pernambuco, e a linha Del Valle, da Coca-Cola Brasil. O anúncio será veiculado nas padarias credenciadas do sul de Recife, com exclusividade para os bairros Boa Viagem e Pina. Serão 30 mil exemplares distribuídos a partir de setembro. A credibilidade conquistada pela Publipan abre novas portas para os franqueados de todo o Brasil. Essas importantes parcerias mostram o reconhecimento do trabalho pioneiro de mídia alternativa e ecológica realizada pela empresa.


Fonte: Daniela Otsuka | Jô Ribes Comunicação | (GC)


Portal da Propaganda

terça-feira, 23 de agosto de 2011

INSTITUTO AUTOGLASS DISSEMINA CONHECIMENTO SOBRE TECNOLOGIAS MUNDIAIS DE RECICLAGEM DE RESÍDUOS SÓLIDOS


Presidente do grupo francês Briane Environnement, Gerard Briane, apresenta  processos de reaproveitamento de plástico e vidro utilizados na França 

A convite do Instituto Autoglass, o presidente do grupo francês Briane Environnement, Gerard Briane, esteve no Brasil neste mês de agosto, participando de encontros, reuniões e seminários, para  explicar os procedimentos adotados na Europa, especialmente na França, para reaproveitamento de resíduos sólidos. “O Instituto promoveu a  vinda do  empresário Gerard Briane com o intuito de aproveitar o momento brasileiro em que se discute a implantação do Programa Nacional de Resíduos Sólidos”, afirmou o presidente do Instituto Autoglass, Kleber Carreira.
  
O Instituto Autoglass, que realiza importante trabalho de reciclagem dos vidros de para-brisa descartados nas 32 lojas Autoglass e parceiros em todo o País e um projeto socioambiental com crianças de escolas públicas no Espírito Santo, também atua como disseminador das novas tecnologias adotadas no mundo para a reciclagem do material, que leva até cinco mil anos para se decompor.
 
Durante  suas exposições, Briane apresentou a máquina Betty Box, que faz a separação de vidros e plásticos e é utilizada pelos moradores da cidade francesa de Saint-Juery. O diferencial do equipamento é uma tecnologia capaz de identificar e separar os diversos tipos de plásticos e vidros pela cor (transparente, azul, verde e marrom). Os usuários recebem um comprovante e a cada 15 euros, é feito um depósito bancário na conta corrente previamente cadastrada no sistema.
 
Briane também chamou a  atenção para a questão do plástico introduzido entre as duas lâminas de vidro que formam o para-brisa automotivo. Conhecido como PVB, polivinil butiral, o material permanece no vidro em pequenas quantidades mesmo após a reciclagem. Pesquisas estão sendo realizadas para se chegar a solução, e já há experiências para utilização do PVB em fornos para geração de energia. Segundo o empresário, o importante é que seja retirado o máximo possível do plástico do vidro. Na empresa francesa, o resíduo de plástico é deixado sob o tempo por seis meses para que o mesmo se dilate e se solte do vidro.  Atualmente, o processo de reciclagem do vidro automotivo francês é semelhante ao brasileiro e o material é reaproveitado na fabricação de garrafas de cerveja.

No Espírito Santo, Briane manteve encontros com o vice-prefeito de Vitória, Tião Barbosa, o secretário de Meio Ambiente de Vila Velha, João Ismael Nardoto e a coordenadora de Meio Ambiente do Ministério Público do Espírito Santo, promotora Nícia Sampaio, para apresentar a tecnologia. 

Em São Paulo, visitou a principal recicladora de vidros Massfix e a Associação Técnica Brasileira das Indústrias Automáticas de Vidro – Abividros. “Gerard Briane retornou à França acreditando no potencial brasileiro para o setor de reciclagem como um todo, não apenas na área de vidros, em função da nova legislação brasileira que obriga a triagem e reciclagem do lixo gerado pela sociedade e empresas no país”, afirmou Kleber Carreira, sobre a visita do empresário.
 

Paloma Minke

assessoria de imprensa

De León Comunicações
Lenilde De Léon - jornalista responsável
Tel: 11 5017-4090 / 5017-7604
www.deleon.com.br

Saiba como identificar se um produto é realmente sustentável




Apesar de existirem diversos selos que classificam os produtos como "verdes", nem todos seguem critérios realmente confiáveis

A busca constante do consumidor por produtos ecologicamente corretos vem atraindo a atenção e o investimento de muitas empresas. A consequência dessa onda verde pode ser observada nas prateleiras dos supermercados e na publicidade. São centenas de marcas e produtos que, por meio dos mais diversos selos, certificados, prêmios e afins, se autointitulam ecológicos, na tentativa de dizer que seu processo de produção não prejudica o meio ambiente.

Porém, nem todo produto que se diz comprometido com as questões ambientais efetivamente o são. É muito frequente que o consumidor se depare com uma realidade diferente do discurso. "De fato é um momento complicado, pois existem muitos apelos que remetem à questão de sustentabilidade e é difícil distinguir ações corretas das maquiagens verdes, o chamado greenwash", afirma a pesquisadora do Idec, Adriana Charoux.

Outro fator que agrava essa situação e gera desconfiança quanto à real veracidade da certificação é o caráter voluntário dos selos. A empresa tanto não é obrigada a possuir nenhum tipo de "certificado verde" quanto pode criar sua própria certificação. Nos selos autodeclaratórios, a própria fabricante do produto afirma que ele foi produzido com certos critérios de responsabilidade socioambiental. Nesses casos, o consumidor deve procurar informações sobre quais foram os critérios utilizados para se chegar a essa conclusão.

É importante ficar atento porque existem muitas embalagens e fornecedores que enganam o consumidor. Para escapar dos discursos vazios, é preciso checar a credibilidade dos selos presentes nos rótulos dos produtos. "O consumidor deve buscar informações mais claras e concretas, porque existem apelos muito vagos e genéricos", orienta Adriana.

Além dos selos autodeclaratórios, o consumidor encontra outros tipos de "certificados verdes" no mercado. As mais confiáveis são as independentes, fornecidas por organizações não governamentais e entidades privadas. Para recebê-los, as empresas se submetem a um processo de certificação voluntário e são certificados apenas se seus produtos estiverem realmente adequados.

Selos obrigatórios
Também existem as certificações compulsórias determinadas pelo governo. Um exemplo é o SisOrg (Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade Orgânica), administrado pelo Ministério da Agricultura em parceria com outras certificadoras. "Qualquer produto agroecológico, orgânico, que deseje colocar na sua embalagem a informação eco, sustentável, ecológico, ou algo do gênero, precisa desse selo", explica a pesquisadora.

Caso o selo presente na embalagem não seja conhecido, a orientação é pesquisar mais sobre o certificador. "Às vezes é uma embalagem pequena e não cabem todos os dados naquele espaço, mas mesmo assim o rótulo deve conter uma orientação, um site onde o consumidor pode encontrar mais informações sobre o selo", conclui Adriana.

Para mais informações sobre consumo sustentável, o consumidor pode acessar o Especial do Idec.



  

Fundação Itaú Social oferece curso gratuito de avaliação econômica para gestores de projetos sociais em São Paulo


Iniciativa permite aos participantes conhecer metodologias e ferramentas que permitem avaliar o impacto e o retorno econômico de ações sociais


Estão abertas até 28 de agosto as inscrições para o curso gratuito de Avaliação Econômica de Projetos Sociais da Fundação Itaú Social que será ministrado em São Paulo.
Voltado para gestores de projetos sociais de organizações não-governamentais, institutos, órgãos governamentais e fundações empresariais, a ação tem como objetivo capacitar os participantes para avaliar o impacto de projetos e calcular o retorno  econômico para a sociedade por meio de metodologias e ferramentas específicas.

Para participar, os interessados devem ter experiência no uso de Excel e noções básicas de matemática financeira e estatística. As aulas serão ministradas no Centro Empresarial Itaú Conceição - CEIC de 03 de setembro a 26 de novembro, das 9h00 às 17h00 (sábados).

As inscrições podem ser efetuadas por meio do portal da Fundação Itaú Social www.fundacaoitausocial.org.br. O candidato deve acessar a seção Avaliação Econômica de Projetos Sociais e, em seguida, o setor Inscrição para o Curso, onde encontrará o botão “Faça sua Inscrição” (www.fundacaoitausocial.org.br / Temas de Atuação / Avaliação Econômica de Projetos Sociais / Inscrição Para o Curso / Faça sua Inscrição).

Desenvolvido em 2004, o curso é uma das ações do Programa de Avaliação Econômica de Projetos Sociais e foi elaborado em parceria com a área de Controles de Risco e Financeiro do Itaú Unibanco, sob orientação de Sérgio Werlang, vice-presidente do Itaú Unibanco, e Naercio Menezes, consultor. A iniciativa já capacitou em torno de 1000 gestores e atua na disseminação da cultura de avaliação econômica, por meio, principalmente, de seminários, cursos e avaliação de projetos sociais próprios e de organizações parceiras da Fundação Itaú Social.


Curso Gratuito: Avaliação Econômica de Projetos Sociais
Público: voltado para gestores de projetos sociais de organizações não-governamentais, órgãos governamentais, institutos e fundações empresariais.
Pré-requisitos: Os inscritos devem ter experiência no uso de Excel e noções básicas de estatística.
Carga horária: 72 horas
Horário: das 9h00 às 17 horas
Quando: de 03/09 a 29/11(sábados)
Local: Av. Engenheiro Armando Arruda Pereira, 707 – Centro de Treinamento Itaúsa – Piso -3.
Freqüência mínima: de 75% das aulas para recebimento de certificado.
Período de inscrição: até 28/08
Informações e inscrições: por meio do portal da Fundação Itaú Social www.fundacaoitausocial.org.br  

Crise Social, crise financeira e sustentabilidade


A junção da crise climática com a crise financeira global leva à necessidade de uma profunda reflexão sobre o modelo econômico e civilizatório adotado pela maioria dos países da Terra 

A grave situação atual do mundo confirma Vinícius de Moraes: é impossível ser feliz sozinho. Mas como “estar junto” e “feliz”? Esta é a pergunta que está nas ruas, nas casas, nas empresas, nos corações e mentes dos cidadãos. Respondê-la é abrir as portas para um novo mundo, mais justo e solidário. O caminho, como no verso do poeta espanhol Antonio Machado, está sendo feito ao caminhar. 

A inquietação dos manifestantes das ruas do Oriente Médio, da Europa e do Chile não é diferente daquela que está presente entre executivos e funcionários de empresas. Existe alguma coisa de muito estragada no modelo de civilização, que já não pode mais ser disfarçada por “perfumes”, ou seja, por ações contemporizadoras. 

O que está acontecendo com a vida da gente e as certezas que temos? Não é simples de explicar e exige esforço para entender, mas é preciso encarar essa tarefa. Então, vamos lá. 

Estamos vivendo duas crises combinadas e desiguais em intensidade e espaço temporal. Uma, de impacto planetário-civilizatório, ainda tem suas consequências pouco conhecidas. É chamada de “mudanças climáticas”. A outra, de modelo de desenvolvimento – e chamada de crise financeira –, emergiu com força em setembro de 2008, amainou um pouco em 2010, mas voltou em 2011, agora sob outros nomes – crise fiscal, da dívida pública, do orçamento, etc –, mas uma mesma origem: as vultosas somas que os governos dos países centrais desembolsaram para salvar os bancos em 2008. 

Esse dinheiro não voltou para produção, a fim de gerar emprego, renda e impostos que reporiam as despesas. Esse dinheiro – público – foi usado pelos bancos para recompor a especulação financeira. Com isso, os governos agora não têm de onde tirar recursos para honrar seus compromissos com credores, com aposentados, com professores ou com os usuários de serviços públicos essenciais, que são os cidadãos comuns. O reflexo dessa escassez está nas ruas do Oriente Médio e da Europa. 

Nenhum continente ou país está imune a qualquer das duas crises. Em alguma medida, todos sofrerão com elas, a menos que se entenda o que está ocorrendo e se consiga compreender que não haverá saída para um país isoladamente. Ou toda a humanidade encontra a solução, ou as crises vão se repetir a cada ciclo, cada vez mais profundas e mais dolorosas. 

E a solução para a primeira crise passa pelo entendimento da segunda, que é a de que há uma incapacidade estrutural de os mercados darem conta das demandas socioambientais e econômicas, bem como de autorregulação e de transparência. 

A sociedade está dando mostras de que não aguenta mais um modelo de desenvolvimento que não resolve as demandas mais corriqueiras e que gera enorme desigualdade social. O novo modelo desejado anda “suspirando no breu das tocas”, mas ainda não encontrou sua expressão mais acabada. Porque ele será uma construção coletiva de bem-estar e felicidade ou, simplesmente, “não será”. 

Tempo da utopia 
As empresas têm avançado um pouco mais na discussão de outro padrão de negócios, aprofundando também o debate sobre o que deve ser a sociedade que suporte esses negócios. Mas, o tema é grande demais e não pode ficar circunscrito a nenhum segmento. 

Definir novos padrões de consumo, produção, cultura e comportamento significa também discutir as novas fronteiras da liberdade individual, que, gostemos ou não, está no cerne do tamanho do impacto das crises. Abre-se, então, um novo espaço para a utopia – aquele lugar ideal onde todos queremos viver. Construir um novo modelo de desenvolvimento retoma o pensamento utópico relegado a segundo plano desde que alguns sábios decidiram que a História tinha morrido e que o deus mercado daria conta de tudo. 

Como será essa sociedade nova que começa a ser desenhada em lugares tão díspares quanto a internet, a rua e o escritório de uma empresa? O consumo precisará ser encarado como um ato de cidadania, mais do que de satisfação de um “desejo” individual. E os produtos e serviços dele decorrentes deverá ser resultado de um processo de diálogo entre cidadãos e agentes produtivos. Donde pode decorrer uma democracia participativa, calcada em processos de diálogo bastante estruturados, capilarizados e abrangentes, para de fato dar voz e decisão a todos. 

Os governos, portanto, serão muito mais agentes indutores de políticas públicas respaldadas pela sociedade. E as empresas, agentes operadores dessas políticas, em todos os níveis, suprindo as necessidades e demandas identificadas nesse processo constante de diálogo. 


Economia verde, inclusiva e responsável 
O mundo terá uma oportunidade de ouro para ao menos começar a estabelecer os alicerces do novo mundo: a Rio+20. Por isso, é tão importante a sociedade brasileira mobilizar-se para encaminhar propostas para esse encontro; mais do que isso, induzir a sociedade civil dos demais países a também se mexer para trazer idéias e propostas inovadoras – utópicas, não importa. Precisamos voltar a sonhar, porque no sonho tornamos possível o impossível e, aí, quando acordamos, achamos os meios para realizá-lo, já dizia um certo barbudo de Viena. 

Outro barbudo, este alemão, fez uma afirmação que cabe bem aos revoltosos de hoje: revolta “contra” ou “a favor” não é revolução, não muda, a menos que haja uma “teoria” que dê sustentação à mudança. Pois é disso que se trata a Rio+20: um momento para dar alicerces mais firmes a uma teoria para mudar a economia – e a civilização – do século XXI. 

Há um ponto de partida, no caso do Brasil, que é a Plataforma para uma Economia Verde, Inclusiva e Responsável. Ela própria uma construção coletiva de várias empresas que vem sendo refeita à medida que novos parceiros resolvem assumi-la e enriquecê-la com suas próprias visões de mundo. 

Por Jorge Abrahão, Instituto Ethos Fonte: www.ethos.org.br

CONFRARIA SUSTENTÁVEL

DANONE REFORÇA INICIATIVAS SUSTENTÁVEIS COM ADOÇÃO DO PLÁSTICO VERDE


Líder de mercado na categoria de produtos lácteos frescos, a Danone, por meio de suas marcas Activia e Danoninho juntamente dcom sua parceria Braskem, adota o plástico verde como mais uma inovação que deve contribuir com o cumprimento de seu sólido compromisso com o desenvolvimento sustentável.

Activa e Danoninho, marcas de sucesso entre o público adulto e infantil, foram consideradas os melhores expoentes dentro do portfolio da Danone para incorporar a novidade nesse primeiro momento. Nesta segunda quinzena de agosto, o produto Activia 150 g chega às gôndolas do Brasil em embalagens desenvolvidas a partir do Polietileno Verde I’m greenTM, um bioplástico derivado da cana-de-açúcar com certificação internacional. O produto Danoninho Leite Fermentado também acompanha a tendência e tem previsão de lançar suas garrafinhas com plástico verde em setembro. A preocupação com a sustentabi lidade não é algo novo no Grupo Danone, que incorporou a audaciosa meta global de reduzir em 30% as emissões de gás carbônico no período de quatro anos (2008-2012) e investe no desenvolvimento de novas tecnologias e inovações em seu portfólio, além de iniciativas como redução de resíduos e embalagens, do consumo de energia e água, e otimização da rede de logística.

“A Danone está comprometida em tornar seu negócio cada vez mais ambientalmente sustentável e isso reflete diretamente nas práticas de desenvolvimento de novas embalagens”, destaca Mariano Lozano, presidente da Danone. “As marcas Activia e Danoninho dão uma importante demonstração de liderança e alinhamento aos anseios do consumidor brasileiro, mais atento às questões relativas à sustentabilidade”, conclui o executivo. “A ampliação de nossa parceria com a Danone em torno do plástico verde, asso ciando globalmente marcas reconhecidas como sinônimo de qualidade e confiança, cria valor para ambas as empresas e reforça o conceito do biopolímero como solução que também traz benefício à sustentabilidade”, acrescenta Carlos Fadigas, presidente da Braskem.


Fonte: Carolina Herrera | Andreoli MSL Brasil | (GC) / Portal da Propaganda

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

HP tem destaque em Green IT


No ranking da Interbrand, empresa foi ficou em 1º lugar entre as empresas de tecnologia e 5º dentre as 50 companhias contempladas.

Prêmio de destaque em sustentabilidade elege a HP, companhia de tecnologia voltada para negócios, nos governos e na sociedade, como a marca mais sustentável do mundo no segmento de tecnologia. A classificação foi dada pelo ranking “Best Global Green Brands” realizado pela Interbrand, empresa norte-americana especialista em análises e consultoria. O estudo enfatiza o comprometimento da HP com a sustentabilidade ambiental ao oferecer soluções de Green IT para o mercado.
Entre as práticas destacadas está o desenvolvimento de data centers sustentáveis e produtos que apresentam melhor eficiência energética e a remoção de elementos químicos não seguros dos seus equipamentos. Além disso, neste ano, a HP realizou roadshow em algumas cidades norte-americanas compartilhando a experiência da companhia na liderança pela eficiência energética aliada à tecnologia sustentável. “Por meio de iniciativas que visam reduzir o impacto das nossas operações e produtos no meio ambiente, temos estimulado a sustentabilidade em fornecedores e parceiros e promovido o consumo consciente, contribuindo para que nossos clientes também insiram práticas sustentáveis em seus negócios”, comenta Kami Saidi, diretor de Operações e Sustentabilidade Ambiental da HP Brasil.
O estudo foi realizado em 11 países (incluindo o Brasil) e traçou uma análise entre a percepção dos consumidores e as práticas realizadas pelas organizações. Além de conquistar a 1ª colocação no segmento de tecnologia, a HP ficou em 5º lugar no ranking geral. Essas companhias foram avaliadas em uma série de quesitos como governança, envolvimento dos stakeholders, operações, supply chain, transporte, logística, produtos e serviços. Além desses fatores, os consumidores também classificaram essas organizações de acordo com a autenticidade, relevância, diferenciação, consistência, presença e entendimento da marca.


quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Lições de Israel


Lições de Israel

É surpreendente o rápido desenvolvimento inovador de Israel ao longo de seus 62 anos. Com o apoio do Estado, espírito empreendedor e uma rede global de contatos, o país, com 7,2 milhões de habitantes, concentra a chave da inovação. Tem território menor que o Estado do Rio de Janeiro, mas uma ampla revolução tecnológica e uma sinergia entre instituições de ensino/pesquisa e a iniciativa privada.
Para o presidente da Câmara Israel-Brasil, Shmuel Yerushalmi, “como Israel não possui suficientes recursos naturais, incluindo água, e a economia clássica não permite competir nos mercados mundiais, a alternativa para o desenvolvimento foi se concentrar na economia do saber, baseando-se nos excelentes recursos humanos do país”.
Se pensarmos no Brasil, o que podemos aprender com esta nação?
Dados divulgados pela Agência Nacional de Estatística de Israel (National Bureau of Statistics), semelhante ao IBGE, mostram que Israel investe o maior porcentual de suas riquezas, 4,5% do PIB, em pesquisa e desenvolvimento. Para se ter uma ideia, Japão, Estados Unidos e Coreia do Sul seguem atrás. No Brasil, a porcentagem aplicada nestes dois setores chega a cerca de 1%.
Há um foco bem definido na população israelense: todo o esforço na busca pela tecnologia é visto como uma forma de obter recursos financeiros. Naldo Dantas, secretário-executivo da Anpei (Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras), afirma que, para Israel, ganhar dinheiro não é pecado. No Brasil, a dinâmica não visa o lucro, mas apenas fomentar ciência e educar o povo.
Hoje, até podemos ter capital para alavancar os negócios, mas faltam empreendedores que saibam enfrentar a prática da captação de recursos. A avaliação de Dantas é de que também não há apoio direto do Estado para ajudar o empresário numa possível falha.
Em Israel, se um projeto não vinga, não há sérios problemas. No Brasil, se um empreendedor errar poderá carregar para sempre as marcas do insucesso, embora não exista inovação sem gestão de riscos.
Dantas visitou Israel, em outubro de 2010, com outros brasileiros para conhecer as empresas, incubadoras, parques tecnológicos e universidades. Despertou a sua atenção a conectividade da população com todo o mundo.
Naquele país, há uma discussão global e a troca de experiências e de conhecimentos. No final da década de 1980, Israel acolheu 1 milhão de russos após a quebra da União Soviética – a maioria formada por profissionais capacitados em busca de oportunidades.
O povo de Israel vive o tempo todo sob ameaça de guerras. O Estado investe no setor militar e, portanto, a maior parte das startups de lá é ligada aos centros de tecnologia militar.
Até os 40 anos de idade, os homens israelenses têm que cumprir expediente militar uma vez por ano durante 30 dias. No geral, eles atuam em segurança interna, unidades de fronteira e áreas científicas. Normalmente, essas pessoas possuem empresas e se encontram, durante o serviço militar, com outros profissionais também capacitados. Enfim, cria-se um ambiente prático de negócios para o networking.
O que ainda falta para o Brasil é pensar nas pessoas como fatores de sucesso. Dantas acredita que é necessário fomentar educação com foco em inovação e entender que nosso país precisa de empreendedores. Temos que focar no resultado da inovação e o quanto isso vai gerar na Balança Comercial.
Uma dica sobre este tema é o livro ‘Start-up Nation’, dos autores Dan Senor e Saul Singer. A obra, best-seller nos Estados Unidos e parte da Europa, narra a saga empreendedora de Israel e revela o que o mundo, inclusive o Brasil, pode extrair dessa história.
A sociedade brasileira – do setor público até a iniciativa privada – precisa acreditar com a mesma força do povo de Israel. A inovação é o caminho para um futuro sustentável. É necessário olhar para os interesses comuns e não se acomodar apenas com as grandes commodities, o que é um caminho sem volta. Temos que repensar ideias, valores, rever demandas e tentar aprender com os israelenses.


Soja valorizada e expectativa de anistia incentivam desmatamento


Soja valorizada e expectativa de anistia incentivam desmatamento

Lavoura da soja tem incentivado o desmatamento em diversas áreas do país, aponta pesquisa. Aumento do preço (30% superior à média histórica) e perspectiva de mudança no Código Florestal ajudam a explicar escalada

Por Centro de Monitoramento de Agrocombustíveis (CMA)
Desmatadores voltaram a usar o "correntão" para a derrubada de florestas nativas (Foto: Ibama)

Com preços 30% superiores a seus patamares históricos, a soja voltou a atrair grandes investimentos no Brasil na safra 2010/2011. O pessimismo que reinou entre os produtores na fase mais aguda da crise financeira internacional ficou para trás. Nesta safra, a área plantada do grão no país cresceu 2,9%, para 24,1 milhões de hectares, e a produção, diante da alta da produtividade, subiu 9,2%, para 75 milhões de toneladas. 

As maiores expansões ocorreram no Centro-oeste, onde a área plantada aumentou 278 mil hectares, puxada pelo Mato Grosso, e no Sul, cuja lavoura cresceu 233 mil hectares, com destaque para o Paraná.

O avanço do grão infla o otimismo dos produtores, mas é motivo de preocupação a outros setores. A lavoura da soja, baseada na grande propriedade monocultora, tem incentivado o desmatamento em áreas do Cerrado e da Amazônia em diversos municípios brasileiros, onde, até então, a área da cultura já era dada como consolidada. Setores do governo federal que monitoram a derrubada da floresta, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), assim como organizações da sociedade civil, entre eles o Greenpeace, o Instituto Centro de Vida (ICV), a Comissão Pastoral da Terra (CPT) e a própria Repórter Brasil, têm alertado para as conexões entre os novos desmatamentos e a soja.

Dados disponibilizados pelo sistema Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), indicaram que, entre março e maio deste ano o Mato Grosso, maior produtor de soja do país, liderou as estatísticas de derrubada da mata. 

Informações semelhantes foram obtidas pelo Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), outro instrumento de monitoramento por satélite da floresta, da ONG Imazon, sediada no Pará. O SAD aponta que, entre agosto de 2010 a junho de 2011, a área desmatada na Amazônia alcançou 6.274 km² - um aumento de 266% sobre o período equivalente anterior - e os produtores mato-grossenses também lideraram as estatísticas de degradação, com 60% das matas derrubadas naquele intervalo.

Diante do salto do desmatamento, o Ibama e outros órgãos de fiscalização foram obrigados a ampliar as operações no campo, sobretudo no Mato Grosso. Entre janeiro e julho de 2011, os agentes do órgão embargaram no Estado 29.646 hectares por danos ilegais à vegetação nativa. As multas aplicadas somam R$ 192 milhões, com 453 autos de infração lavrados. Ao todo, foram presas 26 pessoas, apreendidos 28 tratores, 63 caminhões, 23 motosserras, 7.810 metros cúbicos de madeira em toras e 977 m² de madeira serrada, 1.640 toneladas de arroz e 752 toneladas de soja. 
Em audiência pública no Senado realizada no final de junho, a ministra Izabella Teixeira (Meio Ambiente) declarou que dos 824 km²de desmatamento identificados pelo sistema Deter no período de 1º de agosto de 2010 a 31 de maio de 2011, apenas 112 km² eram autorizados.

De acordo com o diretor de Proteção Ambiental do Ibama, Luciano Evaristo, 12 das 13 frentes de desmatamento fiscalizadas pelo órgão no Mato Grosso, no 1º semestre de 2011, seriam destinadas à produção de grãos, e apenas uma à pecuária. Municípios tradicionalmente sojeiros, como Nova Ubiratã (MT), Cláudia (MT), Feliz Natal (MT) e Peixoto Azevedo (MT) entraram nas listas de campeões de desmatamento, surpreendendo a fiscalização. Antes, o problema estava concentrado mais ao norte do Estado, onde a atividade madeireira abria espaço para a formação de pastagens para fazendas de gado.


Evaristo confirmou que as novas frentes de desmatamento foram incentivadas pela expectativa de anistia aos desmatadores criada pela aprovação do novo Código Florestal na Câmara dos Deputados, ainda que a matéria tenha que ser discutida e aprovada no Senado antes de ir para sanção. "Assistimos a um movimento em massa para burlar a legislação. Muitos produtores acreditaram na inoperância do órgão federal e na anistia que seria supostamente promovida pelas alterações no Código Florestal", disse ele. A Repórter Brasil apurou que associações de produtores rurais mato-grossenses chegaram a incentivar associados a praticarem o desmatamento, sob alegação de que as mudanças legislativas livrariam os desmatadores de punições.


Neste novo relatório sobre a soja e seus impactos socioambientais, a Repórter Brasil analisa o Novo Código Florestal, as conexões entre os novos desmatamentos e os produtores de soja, e o risco que as alterações nas "regras do jogo" trarão para uma série de pactos de sustentabilidade já firmados entre organizações da sociedade civil e a indústria do setor.


Para ler o relatório da íntegra, acesse:www.reporterbrasil.org.br/documentos/Soja2011.pdf


Este é o 15º relatório lançado pelo Centro de Monitoramento de Agrocombustíveis (CMA) da ONG Repórter Brasil. Para ler os outros relatórios, acesse: www.agrocombustiveis.org.br



terça-feira, 16 de agosto de 2011

INSTRUÇÃO NORMATIVA ICMBIO Nº 17, DE 15 DE AGOSTO DE 2011


   


Prezados boa tarde!
Peço que leiam abaixo a nova INSTRUÇÃO NORMATIVA ICMBIO Nº 17, DE 15 DE AGOSTO DE 2011, referente: Regula os procedimentos administrativos para a celebração de termos de compromisso em cumprimento às obrigações de compensação ambiental dirigidas a unidades de conservação federais, nos termos da exigência estabelecida no art. 36 da Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000, de apoio à implantação e à manutenção de unidade de conservação nos casos de licenciamento ambiental de significativo impacto ambiental.
Um grande abraço.
Luiz Carlos Aceti Júnior .'.
Aceti Consultoria Jurídica Ambiental
Aceti, Ferri & Magano Sociedade de Advogados em Direito Empresarial
Tel. 55.19.3651.5563
Cel. 55.19.8115.1355
aceti@aceti.com.br
www.aceti.com.br
www.acdp.com.br
www.mercadoambiental.com.br
Skype: luizaceti
MSN:
ambientas@hotmail.com

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INSTRUÇÃO NORMATIVA ICMBIO Nº 17, DE 15 DE AGOSTO DE 2011

Regula os procedimentos administrativos para a celebração de termos de compromisso em cumprimento às obrigações de compensação ambiental dirigidas a unidades de conservação federais, nos termos da exigência estabelecida no art. 36 da Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000, de apoio à implantação e à manutenção de unidade de conservação nos casos de licenciamento ambiental de significativo impacto ambiental.


O Presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - Instituto Chico Mendes, nomeado pela Portaria nº 532, de 30 de julho de 2008, da Ministra de Estado Chefe da Casa Civil da Presidência da República, publicada no Diário Oficial da União de 31 de julho de 2008, no uso das atribuições que lhe confere o inciso VII do art. 21, do Anexo I do Decreto nº 7.515/11, o qual aprovou a Estrutura Regimental do Instituto Chico Mendes, publicado no Diário Oficial da União do dia subsequente, e;
Considerando o art. 36 da Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000, que obriga o empreendedor, em caso de licenciamento ambiental de empreendimentos de significativo impacto ambiental, a apoiar a implantação e manutenção de unidade de conservação;
Considerando que o Instituto Chico Mendes possui como finalidade institucional executar ações da política nacional de unidades de conservação da natureza, referentes às atribuições federais relativas à proposição, implantação, gestão, proteção, fiscalização e monitoramento das unidades de conservação instituídas pela União;
Considerando que o Instituto Chico Mendes firmou o Contrato de Prestação de Serviços nº 071/2008 com a Caixa Econômica Federal para gestão financeira dos recursos de compensação ambiental;
Considerando a necessidade de o Instituto Chico Mendes disciplinar os procedimentos administrativos para formalizar o cumprimento da compensação ambiental,


RESOLVE:

CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º A presente Instrução Normativa regula, no âmbito do Instituto Chico Mendes, os procedimentos administrativos para a celebração de termos de compromisso em cumprimento às obrigações de compensação ambiental dirigidas a unidades de conservação federais, nos termos da exigência estabelecida no art. 36 da Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000, de apoio à implantação e à manutenção de unidade de conservação nos casos de licenciamento ambiental de significativo impacto ambiental.
Art. 2º Para os fins do disposto nesta Instrução Normativa, entende-se por:
I - Termo de Compromisso para o Cumprimento de Compensação Ambiental: instrumento por meio do qual são formalizadas e estabelecidas as condições para o cumprimento, pelo empreendedor, das obrigações de compensação ambiental constantes em licenciamento ambiental de empreendimentos de significativo impacto ambiental;
II - Certidão de Cumprimento de Compensação Ambiental: documento emitido pelo Instituto Chico Mendes que atesta o cumprimento integral ou parcial, pelo empreendedor, das obrigações pactuadas em Termo de Compromisso para o Cumprimento de Compensação Ambiental ou das obrigações de compensação ambiental decorrentes de instrumentos celebrados anteriormente a esta Instrução Normativa;
III - Formulário Instrutório: formulário pré-estabelecido que sintetiza e consolida, com a finalidade de otimizar as análises técnica e jurídica, os documentos necessários à instrução do processo administrativo; e
IV - Plano de Execução: documento anexo ao Termo de Compromisso para o Cumprimento de Compensação Ambiental que discrimina o cronograma e as condições de depósito, caso o empreendedor opte por parcelar o valor devido a título de compensação ambiental.

CAPÍTULO II
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO
Art. 3º A celebração de Termo de Compromisso para o Cumprimento de Compensação Ambiental entre o Instituto Chico Mendes e o empreendedor objetivando o cumprimento da compensação ambiental pela implantação de empreendimento de significativo impacto ambiental será precedida de processo administrativo instaurado de ofício ou a pedido do empreendedor ou órgão licenciador.
Art. 4º O procedimento para a celebração do Termo de Compromisso para o Cumprimento de Compensação Ambiental obedecerá às seguintes etapas:
I - instauração do processo, de ofício ou em decorrência de requerimento formulado pelo empreendedor;
II - análise técnica;
III - análise jurídica; e
IV - assinatura e publicação.
Art. 5º O processo deverá ser instruído com os seguintes documentos:
I - requerimento do empreendedor, se for o caso;
II - cópia da carteira de identidade e de comprovante de inscrição no Cadastro de Pessoa Física - CPF ou Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica - CNPJ do empreendedor, conforme o caso;
III - ato constitutivo, estatuto ou contrato social, devidamente registrado e atualizado, se o empreendedor for pessoa jurídica de direito privado;
IV - ata da última eleição da Diretoria, se o empreendedor for pessoa jurídica de direito privado;
V - cópia da carteira de identidade e de comprovante de inscrição no Cadastro de Pessoa Física - CPF do representante do empreendedor que assinará o Termo de Compromisso para o Cumprimento de Compensação Ambiental, se o empreendedor for pessoa jurídica de direito privado;
VI - cópia da publicação do ato de nomeação da autoridade signatária, se o empreendedor for pessoa jurídica de direito público;
VII - cópia da licença ambiental expedida pelo órgão licenciador com a condicionante de fixação da compensação ambiental; e
VIII - comprovação da destinação dos recursos pelo Comitê de Compensação Ambiental Federal - CCAF, instituído pela Portaria conjunta nº 225 de 30 de junho de 2011.
Parágrafo único. Caso o empreendedor atue no processo por intermédio de procurador, deverão constar dos autos procuração com poderes específicos, em via original ou em cópia autenticada, além dos documentos pessoais do procurador, sem prejuízo dos documentos exigíveis para o empreendedor outorgante.
Art. 6º A Diretoria de Planejamento, Administração e Logística - DIPLAN, através da Coordenação de Compensação Ambiental - CCA promoverá a análise técnica do processo, manifestando-se sobre sua instrução e regularidade.
Art. 7º Concluindo pela regularidade do processo, a CCA:
I - elaborará a minuta de Termo de Compromisso para o Cumprimento de Compensação Ambiental;
II - preencherá o Formulário Instrutório, observado o modelo constante no ANEXO II; e
III - encaminhará o processo administrativo para aprovação do Diretor da DIPLAN.
Parágrafo único. A minuta do Termo de Compromisso para o Cumprimento de Compensação Ambiental observará o modelo constante do ANEXO I, ressalvada a possibilidade de alteração, devidamente justificada, para atender as especificidades do caso concreto.
Art. 8º Caso aprove a celebração do Termo de Compromisso para o Cumprimento de Compensação Ambiental, o Diretor da DIPLAN encaminhará o processo para análise jurídica da Procuradoria Federal Especializada junto ao ICMBio - PFE/ICMBIO.
Parágrafo único. A aprovação de que trata o caput poderá ser delegada e deverá ser expressa quanto à regularidade e instrução do processo.
Art. 9º A PFE/ICMBio promoverá a análise jurídica do processo e da minuta de Termo de Compromisso para o Cumprimento de Compensação Ambiental, emitindo parecer conclusivo sobre sua regularidade.
§ 1º Caso se manifeste pela regularidade jurídica do processo, a PFE/ICMBio o devolverá à CCA para a adoção das medidas necessárias à assinatura e publicação do Termo de Compromisso para o Cumprimento de Compensação Ambiental.
§ 2º Se constatar a existência de pendências, a PFE/ICMBio devolverá o processo à DIPLAN explicitando as medidas corretivas a serem adotadas.

CAPÍTULO III
DO TERMO DE COMPROMISSO PARA O CUMPRIMENTO DE COMPENSAÇÃO AMBIENTAL E DE SUA EXECUÇÃO
Art. 10. Constatada a regularidade técnica e jurídica do processo, o empreendedor será intimado para assinar o Termo de Compromisso para o Cumprimento de Compensação Ambiental em 3 (três) vias de igual teor.
Art. 11. O empreendedor terá o prazo máximo de 120 (cento e vinte) dias para a realização de depósito na Caixa Econômica Federal, em conta de compensação ambiental em nome do empreendimento a ser indicada pelo Instituto Chico Mendes, do valor total de sua obrigação, em até 04 (quatro) parcelas mensais e sucessivas, sendo que, a partir do depósito da primeira parcela, as demais serão corrigidas pelo IPCA-E - Índice de Preços ao Consumidor Amplo Especial publicado pelo IBGE- Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística do mês imediatamente anterior ao do depósito.
§ 1º O prazo previsto no caput inicia-se com a publicação, pelo Instituto Chico Mendes, do extrato do Termo de Compromisso para o Cumprimento de Compensação Ambiental no Diário Oficial da União, excluindo-se o dia do começo e incluindo-se o dia do vencimento.
§ 2º O empreendedor deverá encaminhar ao Instituto Chico Mendes, em no máximo 10 (dez) dias, os documentos comprobatórios dos depósitos realizados.
Art. 12. A CCA fiscalizará a execução dos Termos de Compromisso para o Cumprimento de Compensação Ambiental já celebrados e, findo o prazo de desembolso pactuado, elaborará relatório dando conta de seu adimplemento.
Parágrafo único. O relatório previsto no caput deverá ser encaminhado ao órgão licenciador pela CCA.
Art. 13. O Instituto Chico Mendes, por meio da DIPLAN, emitirá, em nome do empreendedor, no prazo máximo de 30 (trinta) dias a contar do recebimento dos documentos comprobatórios do depósito, Certidão de Cumprimento de Compensação Ambiental, parcial ou integral, observados os modelos constantes do ANEXO III.
Parágrafo único. A certidão de que trata o caput tem seus efeitos limitados às obrigações de compensação ambiental dirigidas a unidades de conservação federais, não se estendendo a unidades de conservação estaduais ou municipais que também figurem como beneficiárias.
Art. 14. Constatado eventual descumprimento das obrigações previstas no Termo de Compromisso para o Cumprimento de Compensação Ambiental, deverá o Instituto Chico Mendes, por meio da CCA, intimar o empreendedor a justificar, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias, as razões do inadimplemento.
Art. 15. O Instituto Chico Mendes, a depender das razões apresentadas, decidirá em até 30 (trinta) dias pelo acatamento ou rejeição da justificativa, notificando o empreendedor quanto à sua decisão.
§ 1º Rejeitada a justificativa, o Instituto Chico Mendes, no prazo de até 10 (dez) dias a contar do recebimento da notificação de que trata o caput, comunicará formalmente o inadimplemento ao órgão licenciador para fins de suspensão ou cancelamento da licença ambiental.
§ 2º Não apresentada justificativa, o Instituto Chico Mendes comunicará formalmente o inadimplemento ao órgão licenciador para fins de suspensão ou cancelamento da licença ambiental, em até 10 (dez) dias a contar do término do prazo previsto no art. 14.
§ 3º Acatada a justificativa, o ICMBio fixará prazo para cumprimento da obrigação remanescente.
§ 4º Nas hipóteses previstas nos §§ 1º e 2º, a comunicação encaminhada ao órgão licenciador deverá ser acompanhada de relatório circunstanciado apto a subsidiar a autuação administrativa do empreendedor pelo ilícito previsto no art. 83 do Decreto nº 6.514, de 22 de julho de 2008.

CAPÍTULO V
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 16. Os valores devidos a título de compensação ambiental serão corrigidos pelo (IPCA-E - Índice de Preços ao Consumidor Amplo Especial), emitido pelo IBGE- Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ou outro índice que venha a substituí-lo, a partir do 30º dia (trigésimo) subsequente ao dia programado para a realização do depósito.
Parágrafo único. A atualização será realizada "pro-rata tempore" pelo IPCA-E - Índice de Preços ao Consumidor Amplo Especial, do mês anterior ao atraso e deverá ser paga juntamente com o valor nominal da obrigação de compensação ambiental.
Art. 17. Para as compensações ambientais que tenham sido parcialmente cumpridas por meio de execução direta, a celebração de Termo de Compromisso para o Cumprimento de Compensação Ambiental para depósito do saldo remanescente deverá ser precedida da emissão, pelo Instituto Chico Mendes, por meio da DIPLAN, de Certidão de Cumprimento Parcial de Compensação Ambiental.
Parágrafo único. Na hipótese do caput, a CCA mensurará o valor já adimplido e encaminhará relatório ao órgão licenciador dando conta do cumprimento parcial por parte do empreendedor e da celebração do Termo de Compromisso para o Cumprimento de Compensação Ambiental.
Art. 18. A DIPLAN administrará e manterá atualizado banco de dados com os valores já depositados referentes à compensação ambiental, suas respectivas destinações e as unidades de conservação beneficiadas.
Parágrafo único. Os dados indicados no caput são de acesso público e serão divulgados no sítio do Instituto Chico Mendes na Internet.
Art. 19. Excepcionalmente, por decisão do Presidente do Instituto Chico Mendes amparada em parecer técnico, as obrigações de compensação ambiental poderão ser executadas diretamente pelo empreendedor, desde que se mostre mais vantajosa para o Instituto Chico Mendes do que o depósito do valor na Caixa Econômica Federal.
Parágrafo único. Na hipótese do caput, o prazo para a execução direta da obrigação será de 120 (cento e vinte) dias, a contar da publicação do termo de Compromisso para o Cumprimento de Compensação Ambiental, passível de renovação, em períodos iguais e sucessivos, por decisão do Presidente do Instituto Chico Mendes, a partir de provocação fundamentada do compromissário.
Art. 20. A publicação do Termo de Compromisso para o Cumprimento de Compensação Ambiental deverá se dar por extrato, no Diário Oficial da União, até o quinto dia útil do mês seguinte ao de sua assinatura, para ocorrer no prazo de vinte dias daquela data.
Art. 21. Aos Termos Aditivos e aos Termos de Compromisso para o Cumprimento de Compensação Ambiental já assinados aplicam-se as disposições desta Instrução Normativa, no que couber.
Art. 22. As situações não previstas nesta Instrução Normativa serão analisadas conjuntamente pela DIPLAN e pela PFE/ICMBio, após o que serão submetidas à apreciação do Presidente, para determinação quanto às medidas a serem adotadas.
Art. 23. Revogam-se as disposições em contrário.
Art. 24. Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.
RÔMULO JOSÉ FERNANDES BARRETO MELLO


 

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Outros GEEs devem ser combatidos além do CO2, diz NOAA

por Fabiano Ávila, do CarbonoBrasil
Agência Nacional de Oceanos e Atmosfera dos EUA aponta que cortar as emissões de metano e dos demais gases do efeito estufa poderia reduzir o aquecimento global em 0,5°C até o fim do século.
grafico noaa 1 Outros GEEs devem ser combatidos além do CO2, diz NOAA
Gráfico mostra o efeito no aquecimento global dos GEEs sob quatro cenários: Em vermelho com as emissões continuando constantes com relação aos níveis de 2008. Em laranja se houver um corte de 80% nos gases que não o CO2. Em azul se houver um corte de 80% no CO2. Em verde se os dois cortes forem feitos / NOAA.
O dióxido de carbono (CO2) sempre foi o principal foco das políticas climáticas internacionais. É a sua emissão que é controlada em muitos países e é baseado nela que ferramentas como os mercados de carbono funcionam.
Agora, um estudo da Agência Nacional de Oceanos e Atmosfera dos EUA (NOAA) publicado nesta semana na revista Nature busca destacar a importância de se limitar também os demais gases do efeito estufa (GEEs), muitos mais potentes que o próprio CO2, para frear o aquecimento global.
Segundo os pesquisadores, a inclusão do metano, do óxido nitroso e de outros GEEs em políticas climáticas reduziria a temperatura média global em 0,5°C até o fim do século. Além disso, por terem uma vida mais curta na atmosfera, o controle desses gases levaria a resultados mais velozes.
“Sabemos que as mudanças climáticas são motivadas principalmente pelo CO2 emitido durante a queima de combustível fóssil e também compreendemos que esse problema vai persistir por muito tempo porque o CO2 tem uma longa vida na atmosfera. Mas ao diminuir as emissões de outros gases, conseguiremos mitigar o aquecimento global de uma forma mais rápida”, afirmou Stephen Montzka, coautor do estudo.
Apesar do estudo destacar que a relação entre os GEEs e o clima não é totalmente entendida, e que os processos naturais também tem um papel na equação do aquecimento global, os pesquisadores consideram que não possuir uma estratégia para gases como o metano é um erro.
Segundo a NOAA, até as negociações climáticas internacionais poderiam ser mais fáceis se fossem incluídos os gases que hoje são negligenciados. Isto porque medidas de controle para esses GEEs afrouxariam o cronograma das ações mais impopulares para controlar o CO2, como taxas sobre as indústrias.
“A necessidade de reduzir a presença de CO2 na atmosfera em longo prazo não deve impedir ações mais imediatas. Nosso trabalho mostra a contribuição que limitar as emissões dos demais GGEs pode dar no combate às mudanças climáticas”, concluiu James Butler, coautor do estudo.
Mistério do Metano
A Nature desta semana traz também duas outras pesquisas que podem ajudar a responder uma das dúvidas que mais intrigam climatologistas: porque as emissões de metano, depois de décadas seguidas de crescimento, caiu entre 1980 e 2006.
Segundo o Centro de Pesquisas de Cingapura do Massachusetts Institute of Technology (MIT), a queda nas emissões de metano se deve ao maior uso de fertilizantes e à redução no consumo de água e de compostos orgânicos nas plantações de arroz.
“Observando o que mudou nos últimos 30 anos chegamos à conclusão que a modernização da agricultura na Ásia é uma das principais razões para a queda nas emissões de hidrocarbonetos leves, como o óxido nítroso e o metano”, explicou Fuu Ming Kai, um dos autores do estudo “Reduced methane growth rate explained by decreased Northern Hemisphere microbial sources”.
Já a pesquisa da Universidade da Califórnia afirma que a maior eficiência na queima de combustíveis fósseis e o crescimento do uso de gás natural são as causas para a redução das emissões.
“Concluímos que o aumento da competitividade do gás natural com relação a combustíveis mais poluentes e o desenvolvimento de tecnologias limpas são os principais responsáveis pela queda da presença de metano na atmosfera”, afirmou  Murat Aydin coautor do “Recent decreases in fossil-fuel emissions of ethane and methane derived from firn air”.
Apesar dos estudos apresentarem razões diferentes, ambos apontam para as ações humanas como causa da variação do metano.
“É muito importante saber que mecanismos estavam por trás da queda da presença do metano na atmosfera no passado, pois assim poderemos traçar medidas para alcançar esse mesmo efeito de uma forma deliberada”, concluiu Fuu Ming Kai.
Os principais emissores de metano são a queima de combustíveis fósseis, o cultivo de arroz, a mineração, a pecuária e o desmatamento das florestas tropicais.  O aumento da frequência deste último fator pode ser o responsável pela volta de crescimento das emissões do metano após 2006.
* Publicado originalmente no site CarbonoBrasil.

TERRAMÉRICA – Criada rede científica sobre mudança climática

por Milagros Salazar*
Cientistas de seis países da América Latina acabam de criar uma rede para promover estudos de adaptação ao aquecimento com ênfase nas florestas, e esperam adesões de toda a região.
Turrialba, Costa Rica, 15 de agosto de 2011 (Terramérica).- Na América Central, a temperatura aumenta e as florestas demoram a crescer. Mais ao Sul, as selvas amazônicas ainda não esquentam. É apenas um exemplo de que a mudança climática se manifesta de maneiras diferentes em cada região. Uma recém-criada rede de cientistas busca respostas para que a América Latina conheça e adapte-se a esses diversos cenários que a mudança climática está montando.
Com esse propósito, um grupo de especialistas se reuniu no dia 5, na sede do Centro Agronômico Tropical de Pesquisa e Ensino (Catie), no povoado vulcânico e de floresta de Turrialba, a duas horas de ônibus de San José, capital da Costa Rica. Nem todos os ecossistemas florestais da América Latina e do Caribe sentem e sentirão da mesma forma os efeitos do aquecimento, indicam as primeiras descobertas dos cientistas, que, antes de criar a rede, elaboraram e executaram projetos de Mitigação e Adaptação à Mudança Climática na Gestão Florestal Sustentável na Iberoamérica (MIA).
Tais iniciativas, realizadas entre 2008 e 2011, foram impulsionadas pelo Instituto Nacional de Pesquisa e Tecnologia Agrária e Alimentar (Inia), da Espanha, pelo Centro de Pesquisa Florestal Internacional (Cifor), da Indonésia, e o Catie. Os resultados destes estudos foram apresentados em Turrialba alguns dias antes da primeira reunião da nova Rede de Adaptação à Mudança Climática e Ecossistemas como Estratégias de Adaptação (Racc).
Um grupo de pesquisadores do Chile e da Argentina determinou que, por efeito da mudança climática, as florestas com árvores da espécie Nothofagus pumilio, situadas na Patagônia dos dois países, crescerão e ampliarão sua superfície, enquanto diminuirão as de outras espécies do mesmo gênero de Nothofagus, que se encontram mais ao Norte. “Em um cenário de mudança climática, também há florestas que serão beneficiadas”, disse ao Terramérica o pesquisador Sergio Donoso, da Universidade do Chile e presidente do Grupo de Engenheiros Florestais pela Floresta Nativa.
Os moradores próximos a essas florestas, principalmente na zona norte da área estudada, bebem a água gerada pelo ecossistema florestal e também se beneficiam do turismo. Assim, sua redução afetará suas vidas. Já nas porções patagônias de Nothofagus pumilio, conhecida como lenga, os habitantes locais colhem as árvores, que constituem uma importante atividade econômica. Duas caras de uma mesma moeda que, segundo os pesquisadores, devem ser compartilhadas na rede científica.
Os pesquisadores que já participam da rede são de instituições estatais, acadêmicas e não governamentais de seis países da América Latina e do Caribe: Argentina, Chile, Colômbia, Panamá, Costa Rica e Nicarágua. “Queremos contribuir para o desenvolvimento de estratégias de manejo dos ecossistemas florestais para que, mesmo sob condições de mudança climática, possam seguir com seu papel de regulação do ciclo hídrico, e ajudar a reduzir os riscos de eventos climáticos extremos como secas, inundações e ventos”, explicou ao Terramérica o engenheiro florestal holandês Bastiaan Louman, coordenador do Programa de Mudança Climática do Catie.
Louman também coordena a Racc e espera que outros representantes da região se integrem a este esforço. Como passo inicial, pesquisadores do Equador, Peru e Nicarágua participaram da reunião de fundação em Turrialba. “É a primeira vez que se cria uma rede científica na região para adaptação à mudança climática. É muito importante porque se trata de um problema urgente que pode ter impacto nos meios de vida das pessoas”, afirmou o engenheiro florestal.
O grupo fortalecerá seu trabalho capacitando seus membros, mas também mediante o intercâmbio de experiências e informação entre os países para potencializar as ações conjuntas e aperfeiçoar a compreensão dos impactos diferenciados na região. “É preciso gerar sinergia na qualidade e quantidade de pesquisa em adaptação, além de conseguir transferir e comunicar os resultados à sociedade e aos tomadores de decisão”, acrescentou Donoso.
Mediante outro projeto MIA, o pesquisador costarriquenho Carlos Navarro, do Catie, chegou à conclusão de que o valioso mogno (da família Meliaceae) ainda tem condições de adaptar-se ao aquecimento em algumas zonas da Colômbia, Costa Rica e Panamá, apesar de estar em risco de extinção e de sua cobiçada madeira ser vendida a US$ 1.700 o metro cúbico. Navarro, que dedicou 25 anos de sua vida ao estudo do mogno, afirma que há espécies mais adaptáveis do que outras, o que torna necessário coletar e conservar as sementes, bem como transplantar alguns exemplares para áreas onde escasseia.
Por isso, explicou Navarro ao Terramérica, a segunda parte do projeto se centrará em pesquisar como adaptar os exemplares de mogno a novas condições climáticas, quando plantados em áreas afastadas da árvore mãe da qual nasceram. As pesquisas devem contribuir para que as autoridades adotem novas políticas de adaptação, disse Louman, que coordenou os projetos MIA. Uma forma de sensibilizar as autoridades para que atuem é projetar os potenciais perigos. Isso foi feito pelos pesquisadores Efraín Leguía, do escritório no Peru do Centro Mundial de Agrorreflorestamento – América Latina, e Jorge Grijalva, que lidera o programa de agrorreflorestamento no Instituto Nacional de Pesquisas Agropecuárias do Equador.
Com uso do software Maxent (acrônimo de máxima entropia), que permite construir modelos de distribuição potencial de flora e fauna, os cientistas determinaram que entre 2020 e 2050 as mudanças do clima afetarão espécies florestais, produtos agrícolas de grande importância para o consumo humano e o comércio de moradores da macrobacia Aguaytía, na região amazônica de Ucayali, centro-leste do Peru, e na microbacia do Rio Chimborazo, zona andina central do Equador.
Na zona peruana, até 2050 as áreas para cultivar bolaina (Guazuma crinita), uma árvore macia usada para os assoalhos nas casas, estarão reduzidas em 8%, de acordo com as projeções de mudanças do clima. Os cientistas tomaram por base as áreas de bolaina identificadas entre 1950 e 2000. No Equador, o produto agrícola estudado foi a batata, principal fonte de energia na dieta das famílias camponesas. Segundo Grijalva, em um período de 25 a 50 anos cairão drasticamente os cultivos deste tubérculo e diminuirá em 50% o fornecimento energético dessas populações. A rede busca potencializar estas descobertas científicas conectando-as com os impactos sociais, disse Louman.
* A autora é correspondente da IPS.
LINKS
Artigo produzido para o Terramérica, projeto de comunicação dos Programas das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e para o Desenvolvimento (Pnud), realizado pela Inter Press Service (IPS) e distribuído pela Agência Envolverde.
(Terramérica)