domingo, 23 de agosto de 2015

Rivaldo Chinem 20/8/2015 10:00:00 Larissa Roso, repórter do Zero Hora de Porto Alegre (RS) há alguns anos teve uma brilhante ideia e apresentou à chefia, tentou colocar em prática em 2012, mas as demandas diárias mais urgentes a impediram, o que não a fez desistir. No ano passado ela retomou o projeto e foi conhecer a rotina do Núcleo de Cuidados Paliativos do Hospital das Clínicas de sua cidade. O resultado foi a reportagem “Últimos Desejos”, que traça as vontades das pessoas na proximidade da morte. Um perfil de Larissa foi traçado pela colega Alana Rodrigues na última edição da revista Imprensa, nas bancas. A ausência de discussão na mídia sobre a morte, limitada aos fatos nas páginas policiais, foi outra motivação para dar vida ao projeto de Larissa: “A gente fala pouco da morte. Achava que faltava algo mais reflexivo, como abordar a morte e a proximidade dela. Não sabemos quando vamos morrer nem de qual maneira. Essas pessoas também não sabem exatamente, mas têm uma ideia muito próxima. Eu tinha essa curiosidade de saber como elas lidam com essa situação, o que sentem e o que fazem”. Assim, a repórter captou palavras, silêncios, hesitações e gestos de quatro pacientes, todos com câncer. Frequentou reuniões da equipe composta por médicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais, nutricionistas, farmacêuticos e teve liberdade de conversar com doentes e seus familiares. Conheceu diversos pacientes, quase todos morreram antes da reportagem ser publicada. Perguntava sobre desejos, vontades e sonhos. Também teve o cuidado de não mencionar a palavra “últimos”, em respeito àqueles que não estavam preparados para falar sobre o fim da vida. Alguns entrevistados queriam apenas dormir na própria cama, ter a chance de afagar seus bichos de estimação, outros ansiavam pelo prazer de acomodar-se numa cadeira no pátio de casa para tomar um chimarrão. Uns sonhavam em preparar um jantar para aqueles que amavam. Uma mãe desejava experimentar de novo a sensação de pentear os cabelos da filha. Um rapaz só pensava em rever o pai, que não via há mais de vinte anos, algo que se tornou possível por esforço da repórter. Falta reportagens deste tipo em nossa imprensa. Rivaldo Chinem é autor vários livros, como “Terror Policial” com Tim Lopes (Global), Sentença – Padres e Posseiros do Araguaia” (Paz e Terra), “Imprensa Alternativa – Jornalismo de Oposição e Inovação” (Ática), “Comunicação Corporativa” (Escala com prefácio de Heródoto Barbeiro), “Marketing e Divulgação da Pequena Empresa” (Senac) na 5ª.edição, “Assessoria de Imprensa – como fazer” (Summus) na 3ª. Edição, “Jornalismo de Guerrilha – a imprensa alternativa brasileira da censura à Internet” editora Disal, , “Comunicação empresarial – teoria e o dia-a-dia das Assessorias de Comunicação” , editora Horizonte, “Introdução à comunicação empresarial”, editora Saraiva, “Comunicação Corporativa” editora Escala com prefácio de Heródoto Barbeiro ; e "Comunicação empresarial - uma nova visão da empresa moderna" (Discovery Publicações)

O encontro trará nomes como Regina Maia, gerente de Comunicação Corporativa da Raízen; Antônio Reche, editor-responsável e apresentador do programa Mercado Futuro; Enio Campoi, sócio-diretor da Mecânica de Comunicação; e Ibiapaba Netto, diretor-executivo da CitrusBR.

No dia 27 de agosto, a Aberje promoverá o 1º Encontro Setorial: Agronegócio para levantar um debate enriquecedor sobre as práticas de comunicação no setor.
A agricultura é um dos trabalhos mais tradicionais e importantes de nosso planeta que caminha para um futuro com mais de 9 bilhões de pessoas; alimentar essa população depende da utilização consciente dos recursos naturais, aliada às melhores práticas agrícolas.

Em 10 anos ou menos, o Brasil poderá se tornar o maior exportador agrícola do mundo, e a continuidade do crescimento dessa safra se dará por conta da melhora da produtividade e da expansão das lavouras.

Apesar da importância desse fato para o País e para o mundo, a comunicação para o agronegócio ainda tem um árduo caminho pela frente; ainda há um desconhecimento geral sobre a origem dos alimentos, o que torna a disseminação das práticas e avanços tecnológicos agrícolas mais difíceis.

O Curso tem como objetivo de fomentar um debate sobre como trabalhar a comunicação para promover a marca positivamente no mercado e os desafios de comunicar o agronegócio para diferentes públicos, o encontro trará nomes como Regina Maia, gerente de Comunicação Corporativa da Raízen; Antônio Reche, editor-responsável e apresentador do programa Mercado Futuro; Enio Campoi, sócio-diretor da Mecânica de Comunicação; e Ibiapaba Netto, diretor-executivo da CitrusBR. O evento tem apoio da Seepix.

Serviço
Encontro Setorial: Agronegócio
DATA: 27 de Agosto de 2015
HORÁRIO: 09h às 12h
LOCAL: Espaço Aberje Sumaré – Rua Amália de Noronha, 151 – 6º andar
As inscrições, abertas a quaisquer interessados, são limitadas à capacidade do local. A presença deve ser confirmada através do e-mail relacionamento@aberje.com.br, enviando nome, empresa, cargo e telefone. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone 11-3662-3990 Ramal 801, com Camila Sangregório.

Últimos desejos antes do fim

Rivaldo Chinem

Larissa Roso, repórter do Zero Hora de Porto Alegre (RS) há alguns anos teve uma brilhante ideia e apresentou à chefia, tentou colocar em prática em 2012, mas as demandas diárias mais urgentes a impediram, o que não a fez desistir. No ano passado ela retomou o projeto e foi conhecer a rotina do Núcleo de Cuidados Paliativos do Hospital das Clínicas de sua cidade. O resultado foi a reportagem “Últimos Desejos”, que traça as vontades das pessoas na proximidade da morte. Um perfil de Larissa foi traçado pela colega Alana Rodrigues na última edição da revista Imprensa, nas bancas.

A ausência de discussão na mídia sobre a morte, limitada aos fatos nas páginas policiais, foi outra motivação para dar vida ao projeto de Larissa: “A gente fala pouco da morte. Achava que faltava algo mais reflexivo, como abordar a morte e a proximidade dela. Não sabemos quando vamos morrer nem de qual maneira. Essas pessoas também não sabem exatamente, mas têm uma ideia muito próxima. Eu tinha essa curiosidade de saber como elas lidam com essa situação, o que sentem e o que fazem”.

Assim, a repórter captou palavras, silêncios, hesitações e gestos de quatro pacientes, todos com câncer. Frequentou reuniões da equipe composta por médicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais, nutricionistas, farmacêuticos e teve liberdade de conversar com doentes e seus familiares. Conheceu diversos pacientes, quase todos morreram antes da reportagem ser publicada. Perguntava sobre desejos, vontades e sonhos. Também teve o cuidado de não mencionar a palavra “últimos”, em respeito àqueles que não estavam preparados para falar sobre o fim da vida.

Alguns entrevistados queriam apenas dormir na própria cama, ter a chance de afagar seus bichos de estimação, outros ansiavam pelo prazer de acomodar-se numa cadeira no pátio de casa para tomar um chimarrão. Uns sonhavam em preparar um jantar para aqueles que amavam. Uma mãe desejava experimentar de novo a sensação de pentear os cabelos da filha. Um rapaz só pensava em rever o pai, que não via há mais de vinte anos, algo que se tornou possível por esforço da repórter. Falta reportagens deste tipo em nossa imprensa.

Rivaldo Chinem é autor vários livros, como “Terror Policial” com Tim Lopes (Global), Sentença – Padres e Posseiros do Araguaia” (Paz e Terra), “Imprensa Alternativa – Jornalismo de Oposição e Inovação” (Ática), “Comunicação Corporativa” (Escala com prefácio de Heródoto Barbeiro), “Marketing e Divulgação da Pequena Empresa” (Senac) na 5ª.edição, “Assessoria de Imprensa – como fazer” (Summus) na 3ª. Edição, “Jornalismo de Guerrilha – a imprensa alternativa brasileira da censura à Internet” editora Disal, , “Comunicação empresarial – teoria e o dia-a-dia das Assessorias de Comunicação” , editora Horizonte, “Introdução à comunicação empresarial”, editora Saraiva, “Comunicação Corporativa” editora Escala com prefácio de Heródoto Barbeiro ; e "Comunicação empresarial - uma nova visão da empresa moderna" (Discovery Publicações)

Coletiva Seletiva é tema de jogo lúdico criado em São Carlos (SP) Game foi desenvolvido como parte do projeto de extensão e difusão científica do Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF) Zelig é um personagem que tem a missão de coletar resíduos e dar o destino certo a cada um. Sua ação depende do comando das crianças que, assim como o Zelig, respeitam o meio ambiente. Foi com o intuito de conscientizar crianças e adolescentes sobre a importância da coleta seletiva que o grupo de desenvolvimento de jogos educacionais Ludo Educativo, projeto de extensão e difusão científica do Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF), lançou neste mês o game Zelig Coleta. A ferramenta pode ser utilizada por professores em sala de aula como instrumento lúdico e atrativo. O jogo é indicado para ser trabalhado como ferramenta pedagógica, pois é possível concluí-lo em menos de 50 minutos, o tempo aproximado de uma aula. Além disso, o game ajuda o professor a introduzir o assunto com seus alunos de maneira lúdica e empolgante, através de um gameplay simples – o personagem é guiado utilizando apenas as setas do teclado. No jogo, saem pelo cano diferentes tipos de resíduos como gravetos, latinhas, material hospitalar e restos de comida. Zelig, o personagem principal, tem a missão de coletar determinados tipos de resíduos. Assim, através do estímulo visual de feedbacks positivos (jogador acerta o item coletado) ou negativos (jogador erra o item coletado), o game mostra quais materiais se encaixam em cada categoria. Ao final do jogo, são apresentadas notas curtas sobre a reciclagem de determinados tipos de resíduos numa área denominada "Saiba mais". A coleta seletiva é um assunto incluso no Currículo Oficial dos estudantes do Estado de São Paulo. A coordenadora pedagógica do Ludo Educativo, Marília Faustino, explica que o tema foi escolhido pensando na conscientização sobre o destino dos resíduos sólidos. “É importante educar o público geral, incluindo a criança, de forma a reduzir o impacto de suas ações no meio ambiente. Ensiná-lo a reduzir, reutilizar, reciclar os diferentes tipos de materiais, e tudo isso engloba o conhecimento dos diferentes tipos de resíduos da coleta seletiva”, disse. Gabriel Lima, coordenador de desenvolvimento do grupo, comenta que a utilização de jogos em sala de aula é uma forma de atrair os estudantes aos conteúdos, mas, além disso, um instrumento de aprendizado que pode aprimorar o método de ensino nas escolas. “Jogos são dispositivos que treinam alguma habilidade em particular, como destreza, pensamento paralelo e tomada de decisões. Associando a diversão dos jogos com o conteúdo didático previsto pelo currículo, o professor passa a ter uma poderosa ferramenta de auxílio, garantindo a atenção dos alunos enquanto estes reforçam o conteúdo visto em sala de aula.” O diretor do CDMF, professor Elson Longo, ressalta a importância de abordar temas relacionados ao meio ambiente desde os primeiros anos da infância. “A coleta de lixo reciclável pode ser um novo negócio. E num futuro breve será a saída para melhorar o meio ambiente. Falta somente uma conscientização coletiva”, disse. Para jogar o Zelig Coleta, acesse o site http://portal.ludoeducativo.com.br/pt/play/zelig-coleta Sobre o Ludo Educativo O Ludo Educativo é um projeto de extensão universitária que surgiu em 2012, conta com cerca de 160 mil acessos mensais e tem jogos gratuitos sobre diversos assuntos que estão presentes no dia a dia de crianças e adolescentes, como a escassez de água, dengue, preservação do meio ambiente e a preparação para o vestibular. A equipe do projeto é formada por designers e programadores da Aptor Software, uma empresa spin-off que surgiu por iniciativa de pesquisadores da UFSCar e Unesp. Conheça mais jogos do grupo no site portal.ludoeducativo.com.br. O CDMF é um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepid) apoiados pela Fapesp. O Centro também recebe investimento do CNPq, a partir do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia dos Materiais em Nanotecnologia (INCTMN), integrando uma rede de pesquisa entre Unesp, UFSCar, USP e Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN).

Cláudia Maria Coleoni, estudante de Gestão Ambiental da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (ESALQ/USP), participará, entre os dias 24 e 28 deste mês, do Youth Ag-Summit, encontro global de jovens, de 18 a 25 anos, em Camberra, na Austrália. O evento é promovido pela segunda vez pela Bayer CropScience, em parceria com a Future Farmers Network (FFN), organização de futuros jovens do agronegócio.

Selecionados entre cerca de dois mil estudantes, 100 jovens de 33 países apresentarão no encontro, dissertações sobre o tema “Alimentando um planeta faminto”. Entre eles, estão apenas dois brasileiros, Cláudia, da ESALQ e Otávio Emerick da Silva, aluno do curso de Agronomia da Universidade Federal de Viçosa (UFV), de Minas Gerais. O objetivo do evento é compartilhar, debater e desenvolver ideias a fim de criar uma visão comum sobre a agricultura sustentável.

A dissertação, que fez com que Cláudia fosse selecionada, abordou a segurança alimentar, focando no desperdício de alimento e na promoção da agricultura urbana. A estudante pretende, com essa abordagem, encontrar alternativas para combater a insegurança alimentar. “Hoje, o número de alimentos desperdiçados no Brasil chega a cerca de 1,3 bilhão de toneladas. Por isso, acredito ser esse um tema bastante pertinente em relação ao cenário atual do país”, ressaltou a aluna.

Na Austrália, a graduanda participará de diversos debates sobre agricultura sustentável e estará em contato com jovens que, assim como ela, estão motivados e envolvidos nas ciências ambientais. “Para mim é uma grande oportunidade participar de uma rede global de agricultura e poder unir esforços com representantes de diversos países, já que o meu objetivo é atuar internacionalmente em gestão política de recursos naturais”, comentou.

Preocupada com o crescente aumento populacional que vem ocorrendo nos centros urbanos e, por consequência, pela quantidade de pessoas que passam fome no país, a dissertação de Cláudia propõe uma primeira solução para reduzir o desperdício de alimentos: reintegrar o consumidor ao produtor de alimentos, com parceria de cooperativas, fornecedores, restaurantes, supermercados, feiras urbanas e instituições. “Acredito que iniciativas educacionais como o plantio em hortas, pesquisas e até utilização de loteamentos abandonados, são uma boa alternativa para iniciar a plantação de uma cultura e disseminar ideias.”

Segundo a estudante, no evento pretende debater formas de implantar suas ideais no Brasil e, por meio de grupos de extensão da ESALQ, pretende fazer da instituição o centro de disseminação de suas ideias. “Terei a oportunidade de elaborar estratégias locais a partir de uma perspectiva global”, finalizou.

Texto: Alessandra Postali e Ana Carolina Brunelli – Estagiárias de Jornalismo



"Evite o desperdício: antes de imprimir pense na sua responsabilidade com o ambiente".

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13418-900

Contrate colaboradores com valores semelhantes aos seus

Tenho visto a preocupação das empresas brasileiras de todos os portes e segmentos com a atração e retenção de profissionais. O apagão de mão de obra especializada no país tem provocado uma disputa muito grande. O desafio das áreas de gestão de pessoas, hoje, está em despertar nos profissionais a vontade de trabalhar nas organizações e, como a oferta de trabalho aumentou, intensificou-se a dificuldade de engajá-los e torna-los, acima de tudo, fãs das marcas para as quais colaboram.

A falha das empresas está em não compreender que a sua reputação é diretamente ligada à escolha do profissional com a sua causa. A imagem que as empresas passam para o mercado é muito importante porque ela influencia o pensar, o agir e o sentir dos profissionais que nela atuam.

Na nossa carreira, assim como na nossa vida pessoal, sempre escolhemos nos conectar com aqueles que fazem parte do que acreditamos; que estão alinhados com os nossos valores. Todos, independente da geração que fazemos parte, compartilhamos com família, amigos e comunidade o  trabalho que realizamos. Então, não basta sabermos que os valores da nossa empresa condizem com os nossos; é preciso que ela mostre isso, para que nós, diante das pessoas com as quais nos relacionamos, possamos nos orgulhar.  

Também é importante ressaltar que a reputação corporativa é criada de dentro para fora; e impacta os profissionais que estão à volta dessa organização, que olham e pensam: “Eu gostaria de fazer parte disso; de construir algo muito bom para minha carreira e também gostaria que essa empresa crescesse junto comigo”.

Sabe aquela época em que tínhamos missão, visão e valores impressos na parede e que todos tinham de decorar? Há muito tempo isto não é mais suficiente. Hoje, mais do que nunca, é preciso que missão, visão e valores sejam percebidos nas relações e nas ações do dia a dia de tal forma que o mercado também perceba. Há algum tempo saímos da era de muito falar e pouco fazer. Agora todos querem ser protagonistas e fazer parte – então, quanto mais verdadeira e enraizada estiver nossa imagem, mais positiva ela será e mais engajados serão nossos colaboradores.

Jussara Dutra é gerente de Desenvolvimento Humano e Organizacional na Senior, referência nacional em softwares para gestão. 

Livro Saúde 4.0 é lançado durante o II Fórum Nacional de Produtos para Saúde, em Brasília

O documento traz um panorama completo do setor de dispositivos médicos (DMAs)
O II Fórum Nacional de Produtos para Saúde no Brasil, ocorrido nesta terça-feira, 18 de agosto, no auditório da Interlegis, em Brasília, foi o palco para o lançamento do livro “Saúde 4.0: Propostas para impulsionar o ciclo das inovações em Dispositivos Médicos (DMAs) no Brasil”, produzido pela Aliança Brasileira da Indústria Inovadora em Saúde (ABIIS). O documento, elaborado por especialistas de diversas associações representativas do segmento de dispositivos médicos e diagnóstico in-vitro, traz 25 propostas para impulsionar este setor no Brasil.

Prestigiaram o encontro, parlamentares como a senadora Ana Amélia Lemos (PP/RS), o deputado federal Odorico Monteiro (PT/CE) e o deputado federal Geraldo Resende (PMDB/MS). Clementina Moreira Alves, presidente e diretora executiva da Agência Íntegra Brasil, responsável pelo Instituto Brasileiro de Ação Responsável fez a abertura do evento, cuja mesa inicial foi composta pelos parlamentares presentes e pelo secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Adriano Massuda e o presidente da Aliança Brasileira da Indústria Inovadora em Saúde (ABIIS), Carlos Eduardo Gouvêa.

A senadora Ana Amélia parabenizou a ABIIS pelo lançamento do livro e ressaltou: “As pessoas esperam de nós, compromissos sérios como este livro, que é uma verdadeira radiografia das necessidades brasileiras”.

Em sua intervenção, o deputado Geraldo Resende, que presidiu a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Órteses e Próteses, também destacou a importância da iniciativa da ABIIS e do papel da CPI, que formatou um relatório minucioso sobre as órteses e próteses ao País e ajudou a regulamentar o setor. Lembrou que tramita no Congresso Nacional um Projeto de Lei que criminaliza a fraude na iniciativa privada.

Já o deputado Odorico Monteiro, recordou que o ministro da Saúde, Arthur Chioro, criou um grupo interministerial para integrar os interesses da nação e discorreu sobre a tipificação do crime de corrupção privada e o esforço que o País vem fazendo para coibir as práticas de corrupção. “O custo da Saúde é de toda a sociedade. Todos nós somos usuários do SUS”, defendeu o deputado. O parlamentar enfatizou ainda, que o debate da incorporação tecnológica está muito atrasado e isso deve ser colocado na agenda. “Não se justificam os 360 dias para liberar pesquisas e estudos da fase 3”, finalizou.

Adriano Massuda, secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, também parabenizou a criação do livro Saúde 4.0 e frisou a necessidade de transformação na cultura organizacional do País para que a tecnologia seja cada vez mais utilizada. Para ele, há um campo extraordinário de desenvolvimento para adensar a tecnologia na rede básica.

Carlos Eduardo Gouvêa, o presidente da ABIIS, agradeceu a presença de todos e parabenizou o trabalho do setor público e da academia.  Sobre as propostas que compõem o livro Saúde 4.0, afirmou que elas vão ajudar na redução de custos, evitando desperdícios e gastos desnecessários, além da melhoria na qualidade hospitalar, com tratamentos mais eficazes e menor tempo de internação, principalmente se usarmos a TI - tecnologia da informação de forma adequada.

O mercado global dos DMAs e números expressivos como o faturamento anual na casa dos US$ 350 bilhões e um volume de exportações de US$177,7 bilhões (2012) foi objeto do discurso do dirigente da ABIIS. De acordo com ele, cerca de 80% deste segmento são de pequenas e médias empresas. “No Brasil temos uma realidade de 15 mil empresas que geram 132 mil empregos diretos. Os últimos levantamentos apontaram um faturamento na ordem dos US$ 10 bilhões, em 2013. Mas, o Brasil está bem atrás de países como a Alemanha e o Japão em termos de gastos percentuais com dispositivos médicos no total do dispêndio com saúde púbica e privada”, alertou o presidente da ABIIS.

Para Gouvêa, apesar dos avanços do setor, o País tem grandes questões a resolver e esse foi o principal foco do livro. “Entre os entraves a serem resolvidos estão os problemas de acesso, a gestão do espaço físico, o incremento das tecnologias nas redes básicas e nos hospitais”, finalizou.

O Fórum

Logo após as exposições iniciais, o encontro prosseguiu com uma série de conferências técnicas.

A primeira delas foi do gestor do Núcleo de Pesquisa Clínica da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), Marcelo Machado Fonseca. Ele apontou as três grandes revoluções biomédicas no mundo: a Biologia Molecular, a Revolução Genômica e a Revolução da Convergência das Tecnologias como a Tecnologia da Informação (TI), a Biotecnologia e a Nanotecnologia. Como desafios para o setor de DMAs no Brasil nos próximos anos, citou o envelhecimento da população, o aumento das afecções crônicas, das enfermidades e das pandemias, além da necessidade de melhoria na qualidade da Saúde e na redução de custos.

O pesquisador destacou os avanços na área de diagnóstico in vitro (IVD), a expansão do auto-monitoramento e dos aparelhos de Point of Care (POC) e as novas tecnologias em diversas áreas da saúde, o avanço na engenharia de tecidos e nas pesquisas de células-tronco, o advento das impressoras 3D (Bio Print), e a realidade, antes fictícia, do olho biônico e da robótica. “Em contrapartida, apesar dos avanços significativos da tecnologia médica, o País carece de tecnologias mais básicas. O famigerado Big Data, que confere maior armazenamento e velocidade de dados, conta apenas com 20% de estruturação”, concluiu.
Na sequência, o diretor do Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis da Secretaria de Vigilância Sanitária (SVS) do Ministério da Saúde, Claudio Maierovitch, indagou como o Brasil deve pensar a Ciência com seus padrões cada vez mais múltiplos e heterogêneos. “O sistema com suas dimensões de acesso e disponibilidade, além de todas as tecnologias que o envolve, deve contar com uma curva de aprendizado que contempla todos os profissionais de saúde”, defendeu. E frisou a necessidade de modificar a prática de todos os atores envolvidos do segmento.

Maierovitch exemplificou o contraste entre os medidores de glicemia, cada vez mais modernos, eficazes e rápidos com a ineficiência da biossegurança. “Enquanto a tecnologia avança rapidamente, enfrentamos problemas crônicos como a alta transmissão de doenças nos profissionais de saúde como, por exemplo, os surtos do corona vírus. Esse também deve ser o foco e o olhar do debate”, salientou.

Entre os desafios apontados por Maierovitch estão a necessidade da integração dos cientistas das universidades públicas, a consolidação do arcabouço tecnológico para a avaliação dos produtos, além da regulamentação com conhecimento de causa. 
Ele encerrou sua fala comentando sobre o avanço econômico deste setor. “Esse segmento não precisa falar em crise atualmente e segue em franca expansão, apesar das dificuldades em que o País vive hoje”, finalizou.

A ênfase da exposição do gerente geral da Gerência de Tecnologia de Produtos para a Saúde da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), Leandro Rodrigues Pereira, esteve nos marcos regulatórios, entre eles, a RDC 185/01, sobre o registro de produtos, da 206/06 sobre diagnóstico, da 56/01 de segurança e eficácia e a 16/13 sobre as boas práticas de fabricação, além dos recentes avanços regulatórios como a RDC 10/15 sobre ensaios clínicos. O gerente ainda destacou o aumento na segurança sanitária e no acesso, além da redução nos prazos de análise de processos dos DMAs e a priorização na avaliação de produtos estratégicos para o SUS, e ainda, a participação ativa da ANVISA juntos aos órgãos técnicos como ISO, ABNT, INMETRO e MTE.

Com relação à atuação internacional da ANVISA, Pereira reafirmou o papel da agência na convergência regulatória com o foco na proteção da saúde, além da entrada definitiva do Brasil nas agendas internacionais. “O Brasil é membro fundador da International Medical Device Regulators Forum (IMDRF) e participa ativamente do Medical Device Single Audit Program (MDSAP),  um programa de auditoria única para produtos para saúde”, frisou. 

A convergência regulatória entre os países componentes do IMDRF e do MERCOSUL, além da padronização das frases de alerta em produtos médicos com látex, a certificação das próteses de quadril e a atualização dos requisitos das etiquetas de rastreabilidade das próteses e stents foram apontadas como perspectivas para este ano pelo gerente da ANVISA. 

A economista e diretora da Web Setorial, Patrícia Marrone, deu prosseguimento ao fórum falando sobre a construção do livro Saúde 4.0 e como foram montadas as estruturas para a conclusão da obra. “Assim como existe um documento básico na Organização Mundial de Saúde, OMS, este livro com as 25 propostas para o setor de dispositivos médicos é um começo de trabalho, porém, com os olhares voltados aos problemas e necessidades de um país continental como o Brasil”, opinou.  


O evento terminou com a realização de um debate entre os palestrantes, aberto à participação do público.

Programas Água Brasil e Cerrado-Pantanal do WWF-Brasil lançam calculadora da Pegada Ecológica brasileira

Nova ferramenta vai medir o impacto dos hábitos de consumo do brasileiro

Na última quinta-feira, 13 de agosto, recebemos uma notícia preocupante: a humanidade esgotou os recursos naturais disponíveis no planeta para um ano inteiro. O Dia da Sobrecarga da Terra ou Overshoot Day, como é conhecido em inglês, trouxe à tona a reflexão sobre como o estilo de vida atual da humanidade tem grave impacto sobre o planeta.

De acordo com dados da Global Footprint Network (GFN), se continuarmos consumindo como hoje, em 2050, serão necessários quase três planetas para sustentar a população mundial. Não é preciso dizer que a conta não fecha. Por este motivo, é preciso promover a conscientização ambiental da sociedade para que os hábitos de consumo sejam revistos.
Para isso, GFN utiliza a calculadora da Pegada Ecológica global que, por meio de perguntas sobre hábitos de consumo, mede o impacto de um cidadão sobre o planeta. Mas, hoje, o Programa Água Brasil, junto com o WWF-Brasil e a GFN, lança uma novidade: a calculadora da Pegada Ecológica brasileira, que vai apresentar um cálculo que considera hábitos de consumo específicos do país, inexistentes na outra calculadora.

“Para conseguirmos realizar ações mais efetivas de mitigação da pegada ecológica no Brasil, entendemos que era preciso levantar informações mais voltadas à realidade da população brasileira. Agora, conseguimos fazer um levantamento mais realista e identificar onde está o maior impacto do país”, explica Cristiano Cegana, coordenador do Programa Água Brasil.
A calculadora é dividida em cinco categorias: alimentação, moradia, bens, serviço, tabaco e transporte. Ao responder ao questionário de perguntas, a ferramenta traz seus resultados com gráficos comparativos com a média da pegada global e brasileira e divididos por cada um dos segmentos, para que a pessoa possa entender em qual deles seu impacto é maior. Ao final, a calculadora ainda faz uma avaliação dos hábitos de consumo e dá dicas sobre como mitigar este impacto.

 Se todos fizerem a sua parte e começarem a rever a forma que consomem, priorizando produtos e empresas locais e mais sustentáveis, pode ser possível sairmos do vermelho com o planeta. É preciso começar a consumir de forma mais responsável”, avalia Cristiano.
A calculadora da Pegada Ecológica brasileira já está disponível para acesso pelo site www.pegadaecologica.eco.br .

Pegada Ecológica
A Pegada Ecológica é uma metodologia de contabilidade ambiental que permite avaliar a demanda humana por recursos naturais, com a capacidade regenerativa do planeta. A Pegada Ecológica de uma pessoa, cidade, país ou região corresponde ao tamanho das áreas produtivas de terra e mar necessárias para gerar produtos, bens e serviços que utilizamos.

Ela mede a quantidade de recursos naturais biológicos renováveis (grãos, vegetais, carne, peixes, madeira e fibra, energia renovável entre outros) que estamos utilizando para manter o nosso estilo de vida. O cálculo é feito somando as áreas necessárias para fornecer os recursos renováveis utilizados e para a absorção de resíduos. É utilizada uma unidade de medida, o hectare global (gha), que é a média mundial para terras e águas produtivas em um ano.


O WWF-Brasil atua com a Pegada Ecológica, buscando mobilizar e incentivar as pessoas a repensar hábitos de consumo e a adotar práticas mais sustentáveis. Além de utilizá-la como uma ferramenta de mobilização e de conscientização. 

A pedido da Defensoria Pública de SP, Justiça impede reintegração de posse em imóvel na zona norte da Capital

A Defensoria Pública de SP obteve uma decisão que, sem análise do mérito, extinguiu um processo de reintegração de posse movido pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano de São Paulo (CDHU) contra os moradores de uma área ocupada no bairro Jova Rural, zona norte da Capital.

Segundo consta na ação, mais de 350 famílias residem no local desde 2004. À época, uma liminar de reintegração de posse foi expedida, mas desde então a CDHU nunca manifestou interesse em fazer cumprir a ordem judicial. No entanto, em 2014, a Companhia pleiteou o aplicação da medida.

Para a Defensora Pública Taissa Nunes Vieira Pinheiro, responsável pelo pedido, não é possível alegar a urgência no cumprimento da reintegração de posse que há mais de 10 anos havia sido deferida. "A ocupação já está consolidada há anos, razão pela qual, inclusive, os moradores, ocupantes da área em questão, estão sendo contemplados, há muitos anos, com a implementação de infraestrutura pelo Poder Público; possuem instalação de eletricidade, fornecimento de água e rede de telefonia”.

A Defensora Pública também aponta que a moradia é um direito humano consagrado e reconhecido pela Constituição Federal, bem como por diversos tratados internacionais do qual o Brasil é signatário. Aponta, ainda, que o Estatuto da Cidade tem como objetivo ordenar a propriedade urbana, em atenção ao direito à moradia digna e à cidade sustentável. “Tal legislação nasceu no bojo da necessidade de sobrepor o interesse público e coletivo, consubstanciado nesse caso pela existência de um número razoável de famílias, com alto grau de vulnerabilidade social, ao particular, buscando-se a concretização da tão sonhada justiça social”.

Na ação, a Defensora ainda relata que a retirada das pessoas do local não resolverá o problema. “Ao contrário, novo conflito será gerado, pois essas pessoas ocuparão outro espaço, seja público ou privado.”

Na decisão, a Juíza Simone de Figueiredo Rocha Soares, da 8ª Vara Cível do Foro de Santana, considerou a falta de ação da CDHU e a mudança da situação fática dos moradores, para determinar a extinção do processo. “A situação da área mudou, os ocupantes não são mais os mesmos [de quando a ação foi proposta, há mais de 10 anos], o número de ocupantes aumentou sobremaneira e a configuração da ocupação é completamente diferente.”

Mais informações

Fabrício Bueno Viana - Defensor Público Coordenador de Comunicação
Paula Paulenas
Maurício Martins
Fábio Freitas
Pedro Lucas Santos

Tel. (11) 3101-8173 / (11) 3105-9040 ramal 610 ou 612 / 99653-6796 / 96193-0572